Durante muito tempo apresentamos disposição para buscarmos a perfeição ou mesmo tentarmos chegar o mais perto dela. Mas questionamentos são gerados quando refletimos sobre tal tema: Será que há a possibilidade do ser humano alcançar tal empreitada? Quais as verdadeiras possibilidades de obter tal resultado? Há preços a serem pagos? É possível? O que é a perfeição?
Esses questionamentos me foram gerados a partir das reflexões sobre o filme “Cisne Negro”. Com uma trama envolvente, o drama nos faz refletir sobre “duas faces de uma mesma moeda”, digamos assim. O duro caminho percorrido pela protagonista, em busca de alcançar seu principal objetivo: Ser a primeira bailarina de uma das peças mais famosas que o balé já apresentou: O lago dos cisnes.
Com um enredo que interpõe a personagem principal, Nina, com a própria história do lago dos cisnes. Uma vida que é intercalada com o personagem. O senso de realidade da personagem é preenchido com caracteres do espetáculo onde sua vida se vê conturbada com os perplexos relacionamentos consigo mesma. Mais do que a busca pelo papel principal é a busca pelo reconhecimento próprio e mais ainda a perfeição.
Numa estrutura perfeita a vida aparenta não fazer parte. O ser humano, até onde conhecemos, é constituído enquanto tal, pelo fato de encontrar-se em constante construção de pensamento, física, espiritual e por fim estrutural. Somos modificados de acordo com a moral, a ética, as mentalidades dominantes, a religião, em fim, mudamos. A perfeição pode ser entendida como a cristalização das características que nos constituem e ao serem cristalizadas essa constante modificação que nos possibilita maiores entendimentos de quem somos torna-se inviável.
A perfeição só pode ser alcançada quando nós, seres humanos deixamos de existir. E ao cobrarmo-nos incessantemente por tal feito, nos destruímos aos poucos, deixando no espaço a constante que resultará num vácuo. Inócuo?
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