Foi numa noite, como qualquer outra. Bem, poderia ser uma tarde. As palavras que foram proferidas ditaram as impressões e opiniões que habitavam o íntimo de cada um deles que sentavam naqueles bancos. Estes pensamentos não foram decodificados na forma de palavras objetivas. Pôde-se ler nas entrelinhas, através dos olhares julgadores da moral alheia, a condenação. Eles o ignoravam, como se sua presença incomodasse. O simples fato de sua presença gerava desconfiança e as palavras deveriam ser “moderadas”, “[...] não tem problema, isso aqui pode falar”. O discurso proferido deveria ser orientado de modo a não gerar qualquer interpretação que os condenassem, como se ele fosse fazer tal coisa! Traíra, traíra você ta na mira... As palavras não disseram, mas os olhares, e o corpo falaram: “Você não é o que você diz”. E o que ele diz? Silêncio. Apenas o silencio pode dizer o que não pode ou não deve ser dito em palavras. Não importa as interpretações alheias, o que de fato vale é seu autoconhe
É melhor atirar-se à luta em busca de dias melhores, mesmo correndo o risco de perder tudo, do que permanecer estático, como os pobres de espírito, que não lutam, mas também não vencem, que não conhecem a dor da derrota, nem a glória de ressurgir dos escombros. Esses pobres de espírito, ao final de sua jornada na Terra não agradecem a Deus por terem vivido, mas desculpam-se perante Ele, por terem apenas passado pela vida. (Bob Marley)