A algum tempo, de fato, não faço como inicio agora. A muito
não sento com o intuito de escrever. No tocante as últimas postagens, não
passaram de momentos em que estava na rua e teci comentários sobre algumas
observações não sistematizadas sobre algum ponto, ou coisa do tipo. O que me proponho a fazer agora, difere desse
tipo de escrita no que se refere a tentativa de sistematização do pensamento,
não de maneira aleatória, mas dialogada com as leituras de mundo e análises que
trago em toda formação acadêmica e pessoal, mesmo que a reflexão não tenha teor
acadêmico algum.
Hoje tento retomar de forma assídua meu projeto de escrita,
talvez apenas como meio de pôr para fora mesmo, ou apenas achar que é possível
me expressar e sistematizar minhas ideias. Não há maiores pretensões aqui, como
em outros momentos a ilusão de ser alguém lido tomasse conta da mente desse
sujeito que, no auge de seus 16-18 aninhos pensava em como seria legal se todos
o vissem. Não que seja velho, mas orgulho-me de ter angariado certo nível de
maturidade, o que, hoje, me permite dizer que fujo dos holofotes.
A verdade, é que nos últimos tempos me deixei levar pela
onda das redes sociais e dos pseudo-prazeres que elas ofertam a todos. Me
deixei seduzir pelo fetiche de uma vida de amigos virtuais e de um falso querer
bem que nos seduzem. Caí na cilada de viver, por um bom tempo, refém dessa rede
de desejos e sensações que parecem reais. O que aconteceu comigo? Eu vivi a
matrix e esqueci que diferente do filme, aqui, a realidade é sensível e nos
chama o tempo todo a ter de posicionar-se diante das demandas, e que, mesmo que
tentemos fugir ou deixar-nos sucumbir na matrix como estratégia de fuga, não é
possível nos negarmos a tal ponto.
Não pretendo aqui ocupar o lugar de quem critica o uso das
tecnologias, ou das redes, porque seria muita hipocrisia pensar que topo, “Me
libertei”! Há, é muito neopentecostal essa ideia de que estou salvo agora
dane-se quem fui. Não, até porque continuo fazendo uso dessas redes. Não venho
para dar nenhuma lição de moral, até porque essa ideia de mural é deveras
complicada.
A ideia é apenas partilhar dessa percepção e de uma
experiência que me é particular. Eu fiquei imaginando o quanto o uso
desenfreado das redes sociais me poderia causar enormes problemas. E isso de
fato começou a afetar tanto o meu desempenho no trabalho, quanto nas relações
iter-pessoais.
Aí sempre me perguntariam, mas como isso seria possível?
No que se refere as relações inter-pessoais, basta darmos
uma saída e veremos que a forma como nos relacionamos com o outro hoje é, muito
menos pelo contato visual, tátil, ou seja, sensível, do que pelos meios
digitais. Gastamos muito mais tempo com emoticons do que conhecendo sujeit@s
nas ruas. Não conhecemos a profundidade dos olhos de uma pessoa, pois
concebemos que a conhecemos, seus gostos, preferências, a partir de seu perfil
no facebook.
haaa. bateu a preguiça, depois concluo essa reflexão!
haaa. bateu a preguiça, depois concluo essa reflexão!
Comentários
Postar um comentário
Olá pessoal. Agradeço por ter estado no blog. Espero que tenha gostado...Deixe sua opinião.