'''''O Nariz''''' é o nome de um dos
contos cômico-sátira satíricos clássicos
na literatura Rússia|russa. Foi escrito
pelo célebre escritor Nicolau Gogol e
inspirou o compositor Dmitri Shostakovich
a compor a ópera homónima. Escrita entre
1835 e 1836, a história conta a história
de um oficial de São Petersburgo cujo
nariz abandona o rosto e decide ter vida
independente.
''O Nariz'' fora inicialmente publicado
em 1836 na revista ''Sovreménnik'' (O
Contemporâneo) fundada e dirigida
pelo insigne poeta russo Aleksandr Puchkin.
em 1836 na revista ''Sovreménnik'' (O
Contemporâneo) fundada e dirigida
pelo insigne poeta russo Aleksandr Puchkin.
De contornos humorísticos, ''O Nariz''
arrecadara tanto êxito no meio artístico contemporâneo, que o próprio Aleksandr Púshkin
não deixara de contribuir para a sua publicação em uma nota sobre a obra, escrevendo
: Nicolau Gógol não conseguiu durante muito tempo em publicar esta brincadeira,
mas vimos nela tanto de inesperado, tanta fantasia, alegre e original, que convencemos
o autor a partilhar com o público o prazer que o manuscrito nos deu a nós.
arrecadara tanto êxito no meio artístico contemporâneo, que o próprio Aleksandr Púshkin
não deixara de contribuir para a sua publicação em uma nota sobre a obra, escrevendo
: Nicolau Gógol não conseguiu durante muito tempo em publicar esta brincadeira,
mas vimos nela tanto de inesperado, tanta fantasia, alegre e original, que convencemos
o autor a partilhar com o público o prazer que o manuscrito nos deu a nós.
Segundo o próprio autor a obra tinha como abordagem um sonho, mas Aleksandr
Púchkin sugeriu a Gógol que alterasse de forma substancial a primeira versão do
conto em que as aventuras do personagem Major Kovaliov se passavam num sonho.
Púchkin sugeriu a Gógol que alterasse de forma substancial a primeira versão do
conto em que as aventuras do personagem Major Kovaliov se passavam num sonho.
''O Nariz'' data do período mais activo e "oposicionista" do jovem Gógol, em que
a crítica supera o misticismo presente na vida do autor, como que a sátira social
censurasse o autor com ''superstições'' que não logravam qualquer meio de sustentação
. Isto tem que ver com o contexto em que a crendice relatada em publicações de periódicos
tivesse como principal alvo a degenerescência do indivíduo. A brincadeira não passou
isenta às observações de Nicolau Gógol, ao arvorar-se, na conclusão do conto, em censor de
si mesmo mediante um «não havia necessidade» irónico.
a crítica supera o misticismo presente na vida do autor, como que a sátira social
censurasse o autor com ''superstições'' que não logravam qualquer meio de sustentação
. Isto tem que ver com o contexto em que a crendice relatada em publicações de periódicos
tivesse como principal alvo a degenerescência do indivíduo. A brincadeira não passou
isenta às observações de Nicolau Gógol, ao arvorar-se, na conclusão do conto, em censor de
si mesmo mediante um «não havia necessidade» irónico.
''O Nariz'', um conto do absurdo tipicamente gogoliano, age sobre o trivial, mas o trivial age
sobre ele, como se o autor tivesse o condão de tornar o invulgar por algo estranhamente
verosímil. A obra reveste-se de um absurdo sem precedentes; no entanto, o leitor está ao
corrente que o cerne da obra reside essencialmente na sua omissa realidade.
sobre ele, como se o autor tivesse o condão de tornar o invulgar por algo estranhamente
verosímil. A obra reveste-se de um absurdo sem precedentes; no entanto, o leitor está ao
corrente que o cerne da obra reside essencialmente na sua omissa realidade.
O que caracteriza esta obra é a forma especial em não encontrarmos um ambiente
enigmático: o que supúnhamos sobre a magia de um nariz desaparecido como causa que
se abateu sobre o major Kovaliov é imediatamente rejeitada pela manipulação estética
do autor em torno do acontecimento, como se de algum modo a absurda ausência do
nariz não fosse mais magia, mas um facto consumado.
enigmático: o que supúnhamos sobre a magia de um nariz desaparecido como causa que
se abateu sobre o major Kovaliov é imediatamente rejeitada pela manipulação estética
do autor em torno do acontecimento, como se de algum modo a absurda ausência do
nariz não fosse mais magia, mas um facto consumado.
Em ''O Nariz'' não se trata de forças sobrenaturais, mas de uma manipulação estética
da qual Gógol soube tirar proveito graças ao seu génio como escritor /russo.
da qual Gógol soube tirar proveito graças ao seu génio como escritor /russo.
Comentário do blogueiro: Sem sombra de dúvida, uma das
melhores obras teatrais lidas por mim, de uma magnitude
estraordinária. Um surrealismo sutil onde o leitor é
envolvido na trama extraordinária, sendo que se "piscar o
olho" se perde. Gogol tem um "humor intelectual" onde
sua obra parece absurda, "mas no final das contas, essas
coisas podem acontecer".
melhores obras teatrais lidas por mim, de uma magnitude
estraordinária. Um surrealismo sutil onde o leitor é
envolvido na trama extraordinária, sendo que se "piscar o
olho" se perde. Gogol tem um "humor intelectual" onde
sua obra parece absurda, "mas no final das contas, essas
coisas podem acontecer".
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