Pular para o conteúdo principal

CHEGOU A VEZ


Chegou a vez desse céu, desse céu,
Que é só seu, que é só meu, que é de todos!
Que um dia olharam “prum” céu tão azul
Tão anil, que sumiu, que ficou tão escuro e vazio.

Chegou a vez desse mar, desse mar,
Maravilha da ilha que                                bóia tranqüila
Não sabe que tem a seus pés todo um resto de vida
E de morte sem dor, sem razão!

Chegou a vez desse chão, desse chão,
Chama Deus, que só Deus para nos ajudar a pisar
Sem esse medo de ter nossos dedos comidos
Por chãos canibais!

Chegou a vez da canção, da canção,
Pra cansar, pra caçar, pra causar uma revolução!
Uma revelação da criança que chora escondida
Por trás dos jornais.

Chegou a vez, minha vez, nossa vez,
Nossa voz, pra quem ver, tanto fez, tanto faz
Faz tanto tempo que o tempo não pára
Pra ver a vergonha estampada no olhar.


Maviael Melo e Rodrigo Sestrem

Retirado de Maviael Melo

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Egocentricamente a convivência do Eu.

Sabe quando nos sentimos fracos diante de certas situações de nosso cotidiano? É assim que tenho me sentido nos ultimos dias, é como se nao tivesse cabeça pra nada. Parece que o mundo desaba sobre mim. Não tenho palavras para falar, argumentos para escrever, ou o contrário. Não consigo dormir direito, meus pensamentos nao fluem. Essa situação me deixa em estado de flutuação. Como se vivesse em outra dimensão. A minha vida parece não ter sentido. Parece não ser uma vida e sim um martírio. Pessoas não entendem o que costumo chamar sentimento. Não se mostram solidárias com as outras, como se o que importasse fosse só o Eu e o outro que se lixe. Reclamamos da expressão usada por um parlamentar a algum tempo: " estou me lixando para a opinião pública." No entanto é esse a nossa forma de agir. Não estamos nem aí para os outros, até quando manteremos esse egocentrismo? Até o dia em que o Eu for atingido de uma forma negativa e eu axar que o Eu passou a ser Nós. Mas enquanto esse dia...

A fuga da matrix e e a posição no mundo dos pós-flúidos.

A algum tempo, de fato, não faço como inicio agora. A muito não sento com o intuito de escrever. No tocante as últimas postagens, não passaram de momentos em que estava na rua e teci comentários sobre algumas observações não sistematizadas sobre algum ponto, ou coisa do tipo.  O que me proponho a fazer agora, difere desse tipo de escrita no que se refere a tentativa de sistematização do pensamento, não de maneira aleatória, mas dialogada com as leituras de mundo e análises que trago em toda formação acadêmica e pessoal, mesmo que a reflexão não tenha teor acadêmico algum. Hoje tento retomar de forma assídua meu projeto de escrita, talvez apenas como meio de pôr para fora mesmo, ou apenas achar que é possível me expressar e sistematizar minhas ideias. Não há maiores pretensões aqui, como em outros momentos a ilusão de ser alguém lido tomasse conta da mente desse sujeito que, no auge de seus 16-18 aninhos pensava em como seria legal se todos o vissem. Não que seja velho, mas o...

Tipo, você fica pensando!

Aí  parece que o tempo vai dar conta de tirar de sua cabeça aquela sensação  ruim, aquela sensação  de que seu parceiro é  melhor ou satisfaz as vontades dos outros mas é  incapaz de se dedicar a lhe satisfazer. Ledo engano. O tempo não  cura a memória. O tempo não  sara  as feridas que a memória  faz questão  de que permaneçam  vivas. É  bem isso. Aínda  estou aqui, a espera tanto dos olhares de cuidado, delicadeza e vontade de cuidar dele. Mas ele insiste em ser grosseria pura. Não  compreende que existem coisas entre casais que precisam ser conversados, ele sempre estoura quando ouço determinados assuntos. Eu sou diálogo  ele irritação.  O pior é  quando tenta colocar sobre mim a responsabilidade pela desgraça  que, ele acha que é  a vida dele. Eu tenho convicção de que sou responsável  por mim, e que quem está  comigo está  porque quer. Graças  a Deus hoje não  me ...